terça-feira, 4 de março de 2014

Isaías Leão: “De cabeça erguida a comunidade Surda segue na luta

 
 
Manifestação na câmara dos Vereadores
A comunidade Surda lutando pelos seus direitos 
 
Qualificação e contratação de mais interprete  
Emprego para surdos
Melhoria da educação em imperatriz
 
 
 
IMPERATRIZ – A sessão ordinária da Câmara de Vereadores desta quarta-feira (4), foi encerrada antes do previsto depois de um tumulto e confusão entre integrantes de duas entidades de Imperatriz que reúnem pessoas surdas. Não houve feridos.
Com parte da programação municipal do Dia da Pessoa com Deficiência, a Associação de Surdos de Imperatriz e a uma outra entidade, que não teve o nome divulgado, levaram integrantes a galeria, mas o que era para ser um ato público terminou em tumulto.
A vice-presidente da Associação de Surdos de Imperatriz (ASSIM), professora Ivanilde Oliveira, disse que o incidente desta quarta-feira foi o desfecho da ação de Isaías Leão, líder da outra entidade, durante a passeata realizada ontem como parte da programação do Dia da Pessoa com Deficiência.
Na manifestação, segundo ela, o grupo de Isaías Leão exibiu cartazes que exigiam a contratação de intérpretes da Língua Brasileira de Sinais (Libras) para atuar em Imperatriz.
“A presidente do Conselho dos Direitos disse que ele pediu para ela contratar intérpretes de Brasília porque aqui não tinham profissionais capacitados e isso magoou os intérpretes locais”, ressaltou Ivanilde, que admitiu que sua entidade participou da passeata, mas discordou dos cartazes.
Diante do impasse pós passeata, as duas entidade foram à Câmara para mais um ato, mas dessa vez, Ivanilde Oliveira passou a explicar a situação aos jornalistas, o que teria provocado a reação do grupo de Isaías Leão.
O clima ficou tenso quando Ivanilde Oliveira estava concedendo entrevista a uma emissora de TV local e um dos jovens surdos do grupo de Isaías colocou as mãos na câmera. Houve reação dos integrantes da ASSIM, de jornalistas e os seguranças tiveram que intervir.
O vereador Fidelis Uchôa, ainda, conseguiu evitar tumulto generalizado ao convencer Isaías a controlar seus seguidores, que estavam na ocasião, trajando roupas pretas e munidos de cartazes.
Falando com muita dificuldade, Isaías Leão tentou explicar que não havia provocado qualquer incidente, ao contrário havia chegado de Brasília e sua missão é organizar pessoas surdas de Imperatriz.
Ele apresentou uma carta aos jornalistas com erros grosseiros de português em que se autointitula professor de Libras há 23 anos, capacitado mais de 1.200 intérpretes no Distrito Federal e outros estados do Brasil fundou e reestruturou mais de 18 associações de surdos no Brasil.
 
                                Os manifestantes seguravam cartazes pedindo contratação de intérpretes. 

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