Manifestação na câmara dos Vereadores
A comunidade Surda lutando pelos seus direitos
Qualificação e contratação de mais interprete
Emprego para surdos
Melhoria da educação em imperatriz
IMPERATRIZ – A sessão ordinária da
Câmara de Vereadores desta quarta-feira (4), foi encerrada antes do previsto
depois de um tumulto e confusão entre integrantes de duas entidades de
Imperatriz que reúnem pessoas surdas. Não houve feridos.
Com parte da programação municipal do Dia da Pessoa com
Deficiência, a Associação de Surdos de Imperatriz e a uma outra entidade, que
não teve o nome divulgado, levaram integrantes a galeria, mas o que era para ser
um ato público terminou em tumulto.
A vice-presidente da Associação de Surdos de Imperatriz
(ASSIM), professora Ivanilde Oliveira, disse que o incidente desta quarta-feira
foi o desfecho da ação de Isaías Leão, líder da outra entidade, durante a
passeata realizada ontem como parte da programação do Dia da Pessoa com
Deficiência.
Na manifestação, segundo ela, o grupo de Isaías Leão exibiu
cartazes que exigiam a contratação de intérpretes da Língua Brasileira de Sinais
(Libras) para atuar em Imperatriz.
“A presidente do Conselho dos Direitos disse que ele pediu para
ela contratar intérpretes de Brasília porque aqui não tinham profissionais
capacitados e isso magoou os intérpretes locais”, ressaltou Ivanilde, que
admitiu que sua entidade participou da passeata, mas discordou dos cartazes.
Diante do impasse pós passeata, as duas entidade foram à Câmara
para mais um ato, mas dessa vez, Ivanilde Oliveira passou a explicar a situação
aos jornalistas, o que teria provocado a reação do grupo de Isaías Leão.
O clima ficou tenso quando Ivanilde Oliveira estava concedendo
entrevista a uma emissora de TV local e um dos jovens surdos do grupo de Isaías
colocou as mãos na câmera. Houve reação dos integrantes da ASSIM, de
jornalistas e os seguranças tiveram que intervir.
O vereador Fidelis Uchôa, ainda, conseguiu evitar tumulto
generalizado ao convencer Isaías a controlar seus seguidores, que estavam na
ocasião, trajando roupas pretas e munidos de cartazes.
Falando com muita dificuldade, Isaías Leão tentou explicar que
não havia provocado qualquer incidente, ao contrário havia chegado de Brasília e
sua missão é organizar pessoas surdas de Imperatriz.
Ele apresentou uma carta aos jornalistas com erros grosseiros de
português em que se autointitula professor de Libras há 23 anos, capacitado mais de
1.200 intérpretes no Distrito Federal e outros estados do Brasil fundou e reestruturou mais de 18
associações de surdos no Brasil.
Os manifestantes seguravam cartazes pedindo contratação de intérpretes.
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